O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) irá prestar depoimento à Polícia Federal (PF), na próxima quarta-feira (5/3), no inquérito que investiga a entrada de joias ilegalmente trazidas da Arábia Saudita por um integrante de uma comissão do ex-ministro de Minas e Energia. Os itens de luxo, avaliados em cerca de R$ 16,5 milhões, tinham Bolsonaro como destinatário e foram apreendidos pela Receita Federal.
No mesmo dia, a PF também vai interrogar o auxiliar do ex-presidente, o coronel Mauro Cid.
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À épca, na chegada da comitiva em Guarulhos, o assessor não declarou a entrada dos bens, o que é obrigatório para qualquer item com valor superior a mil dólares.
Ao longo dos meses seguintes, o governo Bolsonaro fez uma série de tentativas para liberar as joias. Inclusive com pedidos feitos através do Ministério das Relações Exteriores e do próprio gabinete presidencial.
A última tentativa, feita poucos dias antes da mudança de gestão, um militar da marinha foi, com um avião da Força Aérea Brasileira, tentar retirar os itens.
Depois da história ser revelada pela imprensa, o Tribunal de Contas da União determinou que Bolsonaro devolvesse outro estojo com acessórios avaliado em R$ 500 mil, também presente do governo saudita, e duas armas que foram presenteadas pelo governo dos Emirados Árabes Unidos em 2019.