BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Com relação distante do ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-vice-presidente e senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) não esteve presente, nesta quinta-feira (30), na recepção do retorno ao Brasil do antigo chefe do executivo nacional.
Contudo, desejou boas-vindas a Bolsonaro. "Welcome back [bem-vindo de volta]", disse à Folha de S.Paulo.
Bolsonaro foi recepcionado na sede do PL por aliados de diversos partidos. Entre eles estavam os senadores e ex-ministros Ciro Nogueira (PI) e Tereza Cristina (MS), ambos do PP.
"Hoje, eu estou viajando para o Rio de Janeiro. Na primeira oportunidade, nós vamos conversar", disse Mourão.
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A relação entre Bolsonaro e Mourão foi esfriando ao longo dos quatro anos de mandato e, ao final, apresentou momentos de tensão. Ao tentar a reeleição, o ex-presidente escolheu outro general como vice da chapa, sendo Braga Netto.
Para Mourão, ao retornar ao Brasil, o ex-presidente tem as condições necessárias para liderar a oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pavimentar uma nova candidatura presidencial.
"Eu vejo que ele vai assumir a cadeira de honra do partido dele e com isso terá uma posição política. Tem um grupo de seguidores enorme. Hoje, o maior movimento de massa que existe no Brasil é o movimento da direita, que é liderado por ele. Então, ele tem condições de influenciar nas votações. De se preparar para a eleição municipal do ano que vem e estabelecer as bases para um possível retorno dele em 2026", disse Mourão.