Os generais da reserva Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e Braga Netto (PL) foram as redes sociais nesta sexta-feira (31/3) prestar homenagens ao golpe militar que instaurou uma ditadura no Brasil por 21 anos, de 1964 a 1985.
O general Tomás Paiva, comandante do Exército, disse a interloucutores que oficiais que comemorarem a data ou forem a eventos em celebração ao acontecimento serão punidos.
Leia Mais
Presidente do PT comemora punição a militares que comemorarem o golpe de 64Militares que comemorarem aniversário do golpe serão punidosDefesa de Bolsonaro vai entregar 3º conjunto de joias, mas reclama do TCUFamília Bolsonaro não celebra data do golpe militarMoraes arquiva pedidos de investigação contra LulaCPI do Mineirão: ALMG aciona forças após deputados serem ameaçadosMourão, que também é senador, foi à tribuna da Casa afirmar que a, assim chamada por ele, "Revolução de 31 de março de 1964", serviu para que os miliares aprendessem com ela e que "terminou com a grande contribuição militar para a estabilidade política do país". Por fim, o parlamentar afirmou que o "reformismo autoritário", responsável pela destituição do então presidente eleito João Goulart, se "autojustifica".
"Lembrar a história do Movimento Democrático de 31 de março de 1964 é um dever cívico e de justiça com nossos antepassados, civis e militares, que livraram o país da dominação totalitária", escreveu o candidato derrotado a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022, General Braga Netto.
Braga Netto também partilhou um documento da Comissão Interclubes Militares, que chama a data de "Contrarevolução de 31 de Março de 1964", que afirma que os clubes Naval, Militar e de Aeronáutica se comprometem a manter "vivo na História" a data.
Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a data era celebrada com eventos. O então presidente chegou a afirmar que o regime "salvou" e "pacificou" o Brasil. Na verdade, o regime militar fechou o Congresso, acabou com eleições diretas para cargos majoritários, censurou a imprensa, torturou e matou opositores e críticos.
No ano passado, um texto foi lido, seguindo ordem do Ministério da Defesa, afirmando que a implantação de um regime totalitário foi um marco na evolução política do país e citando que era necessário devido ao temor de que fosse implantado um "regime totalitário".