Celebrado de forma entusiasmada durante seu governo, o 31 de março, data em que o golpe militar de 1964 foi instaurado no Brasil, não foi exaltado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por sua família nem por alguns políticos aliados nas redes sociais nesta sexta-feira (31/3).
Jair Bolsonaro e seus filhos foram às redes sociais apenas para postar críticas ao projeto econômico do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a supostos resultados positivos da gestão anterior.
Bolsonaro já chegou a usar fogos de artifício em frente ao Ministério da Defesa, em 2018, com uma faixa que agradecia aos militares por terem destituído o então presidente eleito, João Goulart, e terem suspendido as eleições para cargos majoritários.
Em 2019, no primeiro ano de Bolsonaro como presidente, ele determinou ao Ministério da Defesa que fossem feitas comemorações. A data parou de ser celebrada oficialmente pelo Exército durante o primeiro governo de Dilma Rousseff (PT), que foi presa e torturada durante o período ditatorial.
No mesmo ano, alguns institutos militares chamaram a data de "Revolução Democrática de 1964" em eventos que visavam comemorar a data.
Durante os quatro anos do governo Bolsonaro, a data do golpe cívico-militar, que fechou o Congresso Nacional, censurou a imprensa, torturou e matou opositores e críticos, foi celebrada.
Os únicos políticos que foram mais próximos a Jair Bolsonaro e fizeram manifestações públicas sobre a data foram o ex-vice-presidente e senador, general Hamilton Mourão (Republicanos-RS), e o ex-candidato a vice-presidente general Braga Netto (PL), este derrotado nas eleições de 2022.