Os deputados federais Bibo Nunes (PL-RS) e Luiz Lima (PL-RJ) foram para as redes sociais criticar o Papa Francisco após o pontífice dizer, nessa quinta-feira (30/3), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi condenado injustamente e, também, que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) tem "mãos limpas".
Para Bibo Nunes, o líder da igreja católica romana não deveria se intrometer na política de um país. O parlamentar ainda defendeu que Francisco renuncie ao pontificado.
"O papa é o representante de Jesus, mas os comunistas que ele apoia não acreditam em Jesus e muito menos em Deus. Qual o objetivo do papa ao dizer que o 'descondenado' Lula foi preso injustamente? Difícil seguir esse Papa", comentou o deputado Nunes em outra publicação.
Já Luiz Lima foi até o Facebook compartilhar o vídeo em que o Papa fala sobre os petistas, usando o título "Papa Comunista". Na legenda, o deputado carioca disse que "o trabalho para acabar com o comunismo é extremamente longo e árduo, principalmente quando temos contra nós o maior representante da igreja católica no mundo", afirmou.
Lima também disse que o comentário do Papa faz com que a "narrativa de inocência do ex-presidiário se torne verdadeira", fazendo com que os cristãos acreditem que houve injustiça no processo que levou o presidente Lula à prisão em 2018.
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Em entrevista exibida para a rede argentina C5G, o pontífice disse que o presidente Lula foi condenado pela Justiça sem provas. Francisco lembrou dos exemplos brasileiros quando perguntado sobre o "lawfare", termo usado para definir o uso do sistema de Justiça de determinado país para perseguição política de adversários.
Além disso, quando o entrevistador afirmou que Dilma foi cassada em 2016 por um "ato administrativo menor", o líder da Igreja Católica rebateu, afirmando que a ex-mandatária é "uma mulher de mãos limpas, uma mulher excelente".
O Papa Francisco estava internado desde a última quarta-feira (29/3), para tratar uma bronquite infecciosa. O programa foi gravado antes, mas exibido na quinta-feira (30/3).
Neste sábado (1º/4), o líder católico recebeu e comemorou bem humorado: "Ainda estou vivo".