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Estado de Minas JUSTIÇA NO ENCALÇO

Vice-líder do Governo diz que Bolsonaro não terá tempo para ser oposição

Em entrevista à CNN Brasil, o deputado federal Rubens Pereira Jr. (PT-MA) analisou o retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Brasil


01/04/2023 16:03 - atualizado 01/04/2023 17:44

Reprodução da entrevista do deputado Rubens à CNN
Deputado, porém, não acredita que ex-presidente seja condenado antes das próximas eleições (foto: Reprodução/CNN)


O deputado federal Rubens Pereira Jr. (PT-MA), vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) terá “muito problema com a justiça”. Em entrevista à CNN Brasil, neste sábado (1º/3), o petista ressaltou que Bolsonaro tem hoje, aproximadamente, 160 processos, entre criminais, representações e inquéritos.



Por outro lado, a crença é que Bolsonaro não seja condenado criminalmente antes das próximas eleições, já que todo o processo jurídico pode demorar. “Nós somos daqueles que defendemos a prisão só após o trânsito em julgado, mas ele também tem problemas do ponto de vista eleitoral”, continuou.


A chance maior de inelegibilidade para o próximo pleito vem do processo eleitoral, já que o ex-presidente também responde a muitas ações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) — processos de duração mais curta e que devem ser julgados antes de novas eleições. 


O parlamentar também disse que o fator Bolsonaro muda pouco a agenda do governo, já que ele acredita que o ex-presidente realmente não vai liderar a oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pois “dá muito trabalho”. 


“O Bolsonaro prefere fazer campanha. Ele já fazia isso quando ele era o presidente, quando ele era o gestor, imagina agora como oposição. Então não acredito que ele vá liderar pessoalmente a oposição no Brasil”, disse o vice-líder, que ainda acredita que o foco governista é nas “pautas do mundo real”, como os programas Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos, Bolsa Família, arcabouço fiscal e a reforma tributária.

Retorno de Bolsonaro foi ironizado

A volta de Bolsonaro ao Brasil, após três meses nos Estados Unidos, na quinta-feira (30/3), também foi alvo do deputado, que observou a chegada do ex-presidente como um fator que mobilizou poucos apoiadores.


“Eles tinham uma expectativa de 20 mil pessoas e deu pouquíssima gente. Foi feito todo um aparato de segurança, mas a população não apareceu. O primeiro sintoma que devemos prestar atenção é que já não foram movimentações com muito apoio popular, como ele fazia no mandato”, afirmou.


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