O senador Sérgio Moro (União-PR) voltou a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante fala no evento Brazil Conference at Harvard & MIT, em Boston, nos Estados Unidos, no sábado (1º/4). No painel "Regulação e Transparência na Era da Desinformação", Moro criticou propostas de regulação das redes sociais.
Recentemente, o Governo Lula enviou sugestões para o Projeto de Lei (PL) das Fake News ao relator na Câmara dos Deputados, Orlando Silva (PCdoB-SP). Entre os diversos pontos da proposta está a criação de uma entidade autônoma, com regulamentação própria, que fiscalizaria se as plataformas estão cumprindo a Lei.
Para Moro, é necessário que o projeto passe por um debate criterioso, para evitar que se coloque "nas mãos" do governo um poder de supervisão, que no entendimento do senador pode resultar em alguma espécie de censura.
O senador ainda lembrou que o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também era muito criticado por desinformação e ataques. Contudo, para ele, o governo Lula também usa dos mesmos artifícios.
"Não vou entrar aqui em detalhes, mas podemos lembrar os episódios que aconteceram semana passada, inclusive, envolvendo falas do presidente da República; inclusive, falas envolvendo a minha pessoa", complementou Moro, lembrando do questionamento de Lula sobre os planos do Primeiro Comando da Capital (PCC) para assassinar o senador.
"PL incorre em erros graves"
No sábado (1º/4), o Senador também criticou nas redes sociais o projeto do governo. Para Moro, o projeto emprega termos vagos e propõe a criação de "uma misteriosa autoridade vinculada ao Executivo para supervisionar a rede".
No entanto, ele afirma que ameaças e incitação à violência precisam ser coibidas, mas não deve dar ao governo "carta branca para dizer o que podemos ou não falar", completou o senador.
A regulação das redes sociais é um tema sensível e o projeto de lei do Governo incorre em graves erros, com o emprego de termos vagos e a proposta de criação de uma misteriosa autoridade vinculada ao Executivo para supervisionar a rede. Ameaças e incitação à violência têm que%u2026
%u2014 Sergio Moro (@SF_Moro) April 1, 2023