Jornal Estado de Minas

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

Dino sobre ataque em creche: 'Vamos fortalecer o monitoramento da internet'

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA), afirmou na tarde desta quarta-feira (05/04) que as primeiras medidas contra os ataques violentos nas escolas e creches será fortalecer o monitoramento das redes sociais e oferecer apoio financeiro aos estados e municípios que desejam expandir o patrulhamento policial nos centros de ensino. 





Para isso, Dino afirmou que o Governo Federal vai disponibilizar aos estados e municípios R$ 150 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública para custear essa ampliação das forças de segurança. 

“O que nós vamos fazer imediatamente é fortalecer o monitoramento da internet e oferecer apoio aos estados e municípios que queiram ampliar o patrulhamento das escolas”, afirmou o ministro em coletiva de imprensa. 

Dino reforçou, ainda, que o ministério criará um grupo de trabalho com o intuito de prevenir esses ataques. Para o ministro, o cerne da organização desses criminosos está nas redes sociais. Com isso, o monitoramento de possíveis fóruns nas redes e na chamada “deep web”, que unem apoiadores e responsáveis por esses tipos de ataques em escolas e creches, deve ser a prioridade desse grupo de trabalho. 





Um ataque brutal em uma creche em Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, na manhã desta quarta-feira (5/4) deixou quatro crianças mortas, segundo informações da Polícia Militar estadual. No início da manhã, um homem invadiu a creche Bom Pastor e atacou as crianças que estavam no local. Uma outra criança ficou gravemente ferida.
Apesar da urgência na tomada de ações, já que é o segundo ataque em escolas e creches em menos de duas semanas no Brasil, Dino pediu parcimônia. O ministro ressaltou que as medidas de prevenção necessitam não só do Governo Federal, mas do estado, município e outros agentes. 

“Se nós tivermos escolas em que haja detectores de metais, raio-x, policiais, etc. vamos precisar envolver estados, municípios, empresas privadas e famílias. Essa não é uma decisão do governo federal. É preciso seriedade no debate, porque isso não será imposto”, afirmou o ministro.