A participação de Jair Bolsonaro (PL) foi anunciada em um evento da direita em Portugal em maio, um mês e meio após a volta do ex-presidente ao Brasil.
Segundo o deputado português André Ventura, presidente do partido de ultradireita Chega, Bolsonaro, que permaneceu nos EUA nos três primeiros meses deste ano, já confirmou sua presença, assim como o vice-primeiro ministro italiano, Matteo Salvini. O evento está previsto para ocorrer nos dias 13 e 14 de maio, em Lisboa.
Procurado pela reportagem, o PL disse não ter confirmação — assim como outros aliados de Bolsonaro.
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Em vídeo, o líder português afirmou ainda que a presença de Bolsonaro, Salvini "e de muitos outros dirigentes da direita europeia marca Lisboa como um dos novos centros da direita mais forte da Europa e uma das referências mundiais da luta contra o socialismo".
Apoiador declarado de Bolsonaro, Ventura chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de bandido durante uma sessão parlamentar em janeiro e prometeu um protesto histórico contra a visita do petista a Lisboa, prevista para ocorrer neste mês.
O líder do Chega, terceira maior força do Parlamento português, afirmou que o partido irá "promover, divulgar, organizar, transportar e fazer tudo o que estiver ao alcance" para garantir que o protesto contra Lula seja de grandes proporções.
Esse não será o primeiro evento internacional de direita que Bolsonaro marcaria presença neste ano. Em março, quando ainda estava nos Estados Unidos, ele discursou no CPAC, evento da direita apoiadora de Donald Trump nos EUA.
Após passar três meses no país americano e desprezar o rito democrático da passagem de poder a seu sucessor, o ex-presidente voltou ao Brasil no último dia 30 e assumiu a função de presidente de honra do PL.
Antigos aliados de Bolsonaro chegaram a questionar sua capacidade de liderar a oposição a Lula em meio à longa ausência do país.
De olho nas eleições municipais de 2024, o PL conta com o ex-presidente para aumentar o número de filiados ao partido, além de atrair prefeitos para a legenda.
Segundo o Painel informou, o ex-presidente planeja duas viagens ao mês pelo país —a tendência é que as caravanas se iniciem por São Paulo.