A reunião teve o objetivo de divulgar as principais realizações do governo nestes primeiros meses, como o retorno do Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, Mais Médicos, investimentos nas áreas da saúde e educação, entre outros.
Leia Mais
Lula critica a taxa de juros: "Estão brincando com o país"Lula em reunião de 100 dias de governo: "Ainda não tenho cadeira"Bandeira ambiental de Lula 3 chega aos 100 dias sob ameaça de contradiçõesCarlos Viana vai pedir TCU para devolver Aeroporto da Pampulha ao governoJanja abre vídeo divulgado pelo Planalto para os 100 dias de LulaLula: se governar pensando em críticas, é 'melhor desistir'Lula critica Carrefour sobre episódio de racismo: 'A gente não vai admitir'MST: Líder anuncia 'ocupações de terra' em todo o BrasilNa sequência, Lula disse aos ministros que o momento que eles vivem é "histórico" e relembrou a invasão às sedes dos Três Poderes - Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) - no dia 8 de janeiro. Para ele, as instituições se uniram em prol da democracia e isso marcou o mandato.
"Aquilo foi uma tentativa de golpe, feita por um grupo de fascistas, de extrema direita, que não queria deixar o poder, que não queria aceitar o resultado eleitoral", disse.
Em meio às críticas ao governo antecessor, Lula disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro era desrespeitoso com governadores, deputados e prefeitos. "Nós sabemos o que este país passou. Nós sabemos as ofensas que a democracia sofreu, que as mulheres sofreram, os negros sofreram, os democratas, a Suprema Corte, que o Poder Judiciário sofreu. Nós agora sabemos o que foi o período de 2018 a 2022, nós sabemos o que este país passou", pontuou.
Otimismo
"Se não acredito numa coisa, eu não faço. A gente tem que ter consciência quando assume a responsabilidade de governar um país, uma cidade, ou até ser síndico de um prédio, que a gente não pode acordar pessimista nunca. Acordar pensando nas dificuldades, nas impossibilidades. A gente tem que acordar todo santo dia com a consciência e a certeza que é a nossa posição positiva, de confiança, que vai fazer sociedade brasileira ter confiança. Ninguém acredita num governo que fala "ah, o PIB não vai crescer. Ah, porque a economia não está muito boa (....)". Se a gente for governar pensando nisso é melhor desistir", disse.
Na sequência, Lula disse que as críticas são importantes para conduzir o governo. "É importante que essa gente fale para gente fazer diferente", pontuou. "Nós vamos fazer a diferença superando as dificuldades que se apresentarem para nós"
"O Brasil voltou"
Para Lula, a marca dos 100 dias de governo é a frase: O Brasil voltou. Durante toda a reunião, o petista ressaltou a importância de "reconstruir o país" e garantir políticas direcionadas à população mais pobre.
"O Brasil voltou com ações e programas que ajudaram a resgatar a dignidade, a cidade e a qualidade de vida do povo brasileiro. Não se constrói um país verdadeiramente desenvolvido sobre as ruínas da fome, dos ataques à democracia, do desrespeito aos direitos humanos e da desigualdade de renda, raça e gênero. Não se chega a lugar algum deixando para trás a metade mais sofrida da nossa população", disse.
"É para essas pessoas que não tem nada que a gente precisa levar um pouco, e todo mundo aqui sabe, que o pouco que a gente leva para essas pessoas pobres deixa eles agradecidas pro resto da vida. e é para essa gente que vocês estão aqui. É para essa gente que eu convidei vocês para serem ministros", disse Lula na reunião.
Lula disse que está orgulhoso do que foi feito até aqui e ressaltou o trabalho com os Yanomamis, o arcabouço fiscal feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, projetou avanços no combate à desigualdade de gênero - a qual, segundo o presidente, terá um projeto de lei encaminhado ao Congresso para reforçar a questão.
O petista também ressaltou a retomada de obras paradas e anunciou que a Petrobras vai investir em pesquisas. "A Petrobras é a empresa que historicamente mais investiu em pesquisa neste país, que mais investiu em inovação. A descoberta do pré-sal foi resultado de bilhões e bilhões de investimentos", destacou.
Ao finalizar o encontro, Lula ressaltou que o seu terceiro vai ser "com muita responsabilidade, muita seriedade, mas com muito atendimento aos interesses do povo trabalhador deste país, que é a quem eu devo a minha eleição".
Ministros sobre os 100 dias
"Transmito aqui o nosso agradecimento a equipe de cada ministério, pelo empenho pela dedicação que vai muito além do esforço mental, do esforço físico, para reconstruir o nosso país. A marca mais expressiva desses 100 dias é que o Brasil voltou: voltou a ter governo, gestão pública, cuidado com as pessoas. Voltou a ter planejamento, ações de governo", disse.
Já o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, disse que o presidente Lula atuou "fielmente" com os compromissos da campanha eleitoral nestes 100 primeiros dias de governo.