O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, durante a reunião ministerial desta segunda-feira (10/4), que o grupo francês Carrefour, uma das maiores varejistas do mundo, não pode cometer crimes de racismo no Brasil. O petista se referia ao caso envolvendo uma professora negra que, após ser acompanhada por seguranças, resolveu tirar a roupa em forma de protesto.
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MST: Líder anuncia 'ocupações de terra' em todo o BrasilRui Costa: "O Brasil voltou a ter governo, voltou a ter gestão pública"100 dias de Lula: reunião é marcada por críticas a Bolsonaro e otimismoEduardo Bolsonaro lança livro em BH nesta quinta (13)O caso aconteceu em Curitiba na última sexta-feira (7), no supermercado Atacadão, uma marca da rede Carrefour no Brasil. Em protesto, Isabel Oliveira, que também é atriz, ficou seminua dentro do supermercado após ser acompanhada pela segurança do local, que aparentemente suspeitava que ela tentaria cometer algum furto.
Após o ocorrido, a mulher disse que tomou a atitude para mostrar que não portava nenhum tipo de arma ou furtava qualquer produto. Isabel ressaltou que a atitude da segurança foi uma clara demonstração de racismo. A rede, contudo, nega.
Reincidente
O grupo Carrefour teve que destinar R$ 68 milhões para o pagamento de mais de 800 bolsas de estudo e permanência para pessoas negras em instituições de ensino superior de todo o Brasil, para reparar os danos morais coletivos como consequência da morte de João Alberto Silveira de Freitas, um homem negro que foi espancado em um supermercado da rede, em Porto Alegre, em 2020.
A concessão das bolsas foi resultado do termo de ajustamento de conduta fechado entre o Carrefour, os Ministérios Públicos Federal e do Rio Grande do Sul e as Defensorias do estado e da União.
A concessão das bolsas foi resultado do termo de ajustamento de conduta fechado entre o Carrefour, os Ministérios Públicos Federal e do Rio Grande do Sul e as Defensorias do estado e da União.