O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), terá agenda em Brasília na próxima quarta-feira (12/4) para discutir a destinação da área do Aeroporto Carlos Prates, oficialmente repassado à administração municipal. Ele encontrará a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck.
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O futuro da área do Aeroporto Carlos Prates, de cerca de 500 mil m², segue em debate. Na última terça-feira (4/4) foi formalizado o convênio entre a prefeitura da capital e a União para que o município passe a ser o responsável pela exploração do espaço. Como ela será feita segue em debate.
Utilização da área
A proposta original de Fuad Noman para o espaço incluía usar a área para a construção de moradias, parques, escolas e um centro de saúde. O prefeito anunciou as ideias logo após acidente em 11 de março, quando uma aeronave caiu em casas próximas ao terminal e o piloto faleceu.
A desativação do aeroporto é tema de discussões antigas e foi adiada por três vezes pelo governo federal antes de ser consumada. Pilotos, donos de escolas de aviação e aprendizes se manifestam desde então pela permanência do terminal em funcionamento.
Em 29 de março, eles fizeram um movimento contra a transferência de parte das atividades do Carlos Prates para o Aeroporto da Pampulha. Segundo os manifestantes, outros aeroportos da Região Metropolitana de Belo Horizonte não são capazes de comportar a demanda necessária e, na Pampulha, não há hangares suficientes para todas as aeronaves.
A utilização do espaço e a realocação das atividades antes realizadas no Aeroporto Carlos Prates mobilizou discussões também em Brasília. O deputado federal Samuel Viana (PL), por exemplo, entregou ao ministro Márcio França um documento da Prefeitura de Conselheiro Lafaiete, a cerca de 100 quilômetros de BH, se disponibilizando a receber a demanda do terminal da capital. Outros parlamentares atuaram pela manutenção das atividades do aeroporto.
Para o senador Carlos Viana (Podemos), o futuro do aeroporto deve comportar a permanência de um heliponto para a necessidade de serviços de urgência como no caso do Corpo de Bombeiros. “A minha ideia é preservar o aeroporto pelo menos como heliponto. Criar ali uma exigência, por enquanto, só para helicóptero. Por exemplo: os Bombeiros quando vão apagar incêndio na Serra do Curral usam o Aeroporto Carlos Prates porque é mais perto e prático para reabastecer”, disse o senador ao Estado de Minas.