O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que as acusações feitas pelo advogado Rodrigo Tacla Duran contra o senador Sergio Moro (União-PR) e o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) devem permanecer na Suprema Corte. Moro e Dallagnol conduziam a Operação Lava Jato e foram acusados por Duran de estarem envolvidos em uma tentativa de extorsão para que não fosse preso durante a operação.
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Defesa de Torres alega 'profunda tristeza' e pede liberdade provisóriaDino: 'Não há liberdade de expressão para quem quer matar crianças'Lula tem menos engajamento do que Bolsonaro nas redesMPMG reúne chefes dos Três Poderes e lança campanha de solução de conflitosNa audiência, o advogado voltou a acusar o senador e o deputado de extorsão. Por serem parlamentares, os congressistas têm foro privilegiado. Com isso, Appio decidiu encerrar a audiência, alegando que as investigações fossem para o STF. A corte é responsável por julgar autoridades com foro.
Extorsão
Duran é réu acusado de lavagem de dinheiro. Ele alega que foi "alvo" da operação por não ter aceitado ser "extorquido". De acordo com as denúncias do advogado, pediram a ele US$ 5 milhões para que não fosse preso no âmbito da Operação Lava Jato.
Em 2019, em uma entrevista concedida ao UOL, Tacla Duran disse que pagou uma primeira parcela de US$ 612 mil a um advogado ligado a Sergio Moro - Marlus Arns, que havia trabalhado com Rosângela Moro, mulher de Sergio. O advogado alega que se recusou a pagar o restante.
Na época, Duran disse ter sido procurado por Carlos Zucolotto Júnior - que era sócio de Rosângela Moro - para pagar "por fora" e obter um acordo de delação premiada. O advogado entregou à Justiça fotos e gravações que, segundo ele, confirmariam suas acusações.
Devido ao "grande poderio político e econômico dos envolvidos", Tacla Duran foi encaminhado ao programa federal de testemunhas protegidas. Atualmente, Duran vive na Espanha.