Em reunião no Ministério da Justiça e Segurança Pública, nessa segunda-feira (10/4), a advogada do Twitter teria afirmado que um perfil com foto de assassinos de crianças não violava os termos de uso da rede e que não se tratava de apologia ao crime. A informação foi compartilhada pela jornalista Julia Duailibi, em blog no G1, que destacou que a declaração causou espanto nas autoridades brasileiras.
Segundo a jornalista, o ministro Flávio Dino, e a assessora responsável pelo tema no ministério, Estela Aranha, se revoltaram com o posicionamento apresentado pela representante da plataforma. O governo, mostrou não só imagens de crianças agredidas, como ameaças e músicas enaltecendo ataques à escola, mas a rede ignorou.
Em fala de abertura na sessão da Comissão de Segurança Pública, nesta terça-feira (11/4), Dino afirmou que algumas plataformas colaboram muito com as investigações contra ataques em escolas, enquanto outras não têm ajudado o governo.
Segundo o ministro, 430 contas no twitter que estariam ligadas à incitação de ataques em escola tiveram a exclusão solicitada. De acordo com a pasta, os perfis publicaram hastags ligadas a mensagens incentivando atentados contra instituições de ensino.
A pasta também solicitou a exclusão de três contas no "tiktok", o conteúdo divulgado por elas viralizando "conteúdo que incitava medo na população". A operação, que foi denominada de "Escola Segura", também cumpriu mandados de busca com apreensão de 7 armas e efetuou a prisão de um suspeito.
Twitter não responde a imprensa
Desde que o bilionário norte-americano, Elon Musk, adquiriu o twitter a relação da plataforma com a imprensa e autoridades governamentais tem sido conturbada.
Em março, Musk informou que o contato oficial da assessoria de imprensa da plataforma iria responder às solicitações apenas com um emoji de fezes. Os contatos regionais da assessoria possuem a mesma postura.
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%u2014 Elon Musk (@elonmusk) March 19, 2023