A Polícia Federal (PF) ouve, nesta terça-feira (11/4), os militares supostamente envolvidos nos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro, quando aconteceu a invasão de apoiadores bolsonaristas às sedes dos Três Poderes, no Distrito Federal. Cerca de 80 militares foram intimados para prestar depoimento.
Eles serão ouvidos de forma presencial, em Brasília, na Academia Nacional de Polícia. Na lista, estão o general que estava à frente do Comando Militar do Planalto, Gustavo Dutra de Menezes, e o que chefiou o Batalhão da Guarda Presidencial, Jorge da Horta.
Em março, a Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu uma investigação contra militares das Forças Armadas por suposto envolvimento nos atos antidemocráticos. A eventual responsabilidade do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) nas falhas que permitiram que os criminosos invadissem o Palácio do Planalto também será investigada.
Em 16 de março, o ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Jorge Eduardo Naime afirmou que o Exército tentou impedir a prisão de manifestantes que participaram dos ataques criminosos. A declaração foi dada durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
O coronel afirmou ainda que foi feita uma barreira com militares do Exército para impedir a prisão de suspeitos que participaram dos atos e que estavam instalados no “QG bolsonarista” em frente ao Quartel-General do Exército.