Jornal Estado de Minas

TRANSFOBIA

Nikolas Ferreira: ALMG rejeita manifestação de repúdio contra deputado

A Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) rejeitou nesta terça-feira (11/4) o requerimento de manifestação de repúdio contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) por falas de cunho transfóbico ditas na Câmara dos Deputados no Dia Internacional da Mulher (8/3).





A proposta apontava que a fala de Nikolas “banalizou a luta política e por direitos das mulheres trans, propagou desinformação e legitimou o ódio, o preconceito e a discriminação, o que contribui para a violência e o assassinato de pessoas trans e travestis no Brasil”.

O requerimento 645/2023 foi votado na Comissão de Administração Pública nesta tarde e apresentado à Assembleia pelos deputados de oposição Ana Paula Siqueira (Rede), Andréia de Jesus (PT), Betão (PT), Cristiano Silveira (PT), Doutor Jean Freire (PT), Leleco Pimentel (PT), Leninha (PT), Lohanna (PV), Luizinho (PT), Macaé Evaristo (PT), Ricardo Campos (PT) e Ulysses Gomes (PT).

Em seu perfil no Twitter, Nikolas Ferreira agradeceu a parlamentares que se opuseram à moção de repúdio. “Obrigado aos deputados estaduais Sgt. Rodrigues, Roberto Andrade, Rodrigo Lopes, Nayara Rocha por terem rejeitado, na Assembleia Leg. de Minas, o requerimento que me acusava de diversos crimes e preconceitos. A verdade sempre prevalece”, escreveu o parlamentar.






Dia Internacional da Mulher


Em 8 de março, Nikolas foi à tribuna do plenário da Câmara dos Deputados para fazer um discurso em referência ao Dia Internacional da Mulher. Na ocasião, o parlamentar vestiu uma peruca loura, disse que queria ser chamado de ‘Nikole’ e se dirigiu às mulheres em tom de aviso: "As mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres".


O caso rendeu diversas manifestações de repúdio, incluindo a do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O Supremo Tribunal Federal (STF) foi acionado pelos deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e Erika Hilton (PSOL-SP), além de associações pelos direitos LGBTQIA+.