A fala de Orlando criou tumulto na sessão, que iria ouvir do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, sobre a política de armas do governo Lula, as medidas da pasta após os atos antidemocráticos, a visita ao Complexo da Maré e as recentes invasões de terra promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
“Eu gostaria de requerer que vossa excelência encaminhe a degravação dos primeiro minutos desta sessão, onde a deputada Carla Zambelli agrediu um colega aqui presente”, disse o deputado do PCdoB.
Em seguida, Orlando também pede que a gravação seja usada como prova em uma representação formal ao conselho de ética da casa. “Eu estou aqui e eu vi”, completou o parlamentar ao ser interrompido pelos gritos dos demais deputados.
Devido ao bate-boca paralelo às falas ao microfone, o presidente da comissão de deputados, Ubiratan Sanderson (PL-RS), interveio e afirmou que, caso os parlamentares continuassem a interromper uns aos outros, o ministro Flávio Dino iria abandonar a sessão.
Diante da fala de Sanderson, o parlamentar Éder Mauro (PL) afirmou que era o que os colegas queriam. “É o que eles querem e é o que o ministro vai fazer, eu não tenho a menor dúvida. Está na casa do ministro isso. Vai querer fugir, porque na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) ele teve amparo. Mas aqui não”, gritou.