O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não começou a atuar no Partido Liberal. No Brasil desde o dia 30 de março - após um período de três meses nos Estados Unidos - Bolsonaro iniciou os trabalhos no dia 3 de abril com o propósito de ser um "conselheiro" aos membros da sigla, mas, até o momento, mal se encontrou com os integrantes do partido.
Leia Mais
Nova Rota da Seda: o que Brasil ganha ou perde se aderir a plano trilionário chinêsAtos golpistas: STF divulga lista de 100 denunciados em primeiro julgamentoNikolas protocola notícia-crime para investigar ministro por peculatoNikolas Ferreira aponta Bruno Engler como candidato do PL à PBHVídeo: deputada do PL acusa de assédio colega que 'encostou em seu cangote'ALMG aprova em 1º turno projeto que retira tomadas elétricas em presídiosDepois de sabatina de Dino, mais cinco ministros de Lula serão ouvidosCarlos Bolsonaro critica fala de Dino: 'É rasteiro fazer política assim'O tempo que passou em sua sala alugada pelo partido, usou o tempo para conversar com assessores que levou para a sigla. A expectativa era que Bolsonaro tivesse uma agenda intensa no partido, promovendo viagens - principalmente planejando as eleições de 2024 -, no entanto, o ex-presidente tem frustrado os membros da sigla: estão previstas apenas duas viagens por mês. A expectativa era o dobro disso.
Outra queixa dos integrantes do partido é que Bolsonaro continua próximo dos aliados de sempre - que nem mesmo têm mandato mais -, ao invés de "fazer política com os vitoriosos", isto é, os integrantes eleitos.
Antes da viagem, Bolsonaro estava focado no depoimento à Polícia Federal (PF), sobre o caso das joias da Arábia Saudita.
Vale lembrar que Bolsonaro, presidente de honra do PL, terá um salário equivalente ao de um ministro do Supremo Tribunal Federal: R$ 41.650,91. Valdemar Costa Neto, presidente do PL, se comprometeu a acompanhar a sequência de reajustes dos salários dos magistrados, que deve chegar em R$ 46.366,19 a partir de 1º de fevereiro de 2025.
De olho nas prefeituras
Ao retornar, Jair Bolsonaro afirmou que o PL pretende ampliar os prefeitos em todo o Brasil, ressaltou a força do Congresso Nacional e revelou os planos da sigla de conquistar 60% das prefeituras do Brasil.
"É com orgulho muito grande que eu retorno, vou cumprir expediente no PL, receber muita gente, conversar. O nosso chefe aqui é o Valdemar, que é o presidente do partido, que tem uma tremenda responsabilidade. Está a frente para, juntamente com o PP e outros partidos, colaborar para que a gente faça 60% das prefeituras pelo Brasil", discursou Bolsonaro.
Para alcançar a meta, os partidos citados pelo ex-presidente precisariam vencer em 3.341 dos 5.570 municípios brasileiros. Atualmente, a sigla com mais prefeitos é o MDB, que elegeu 784 em 2020. Na sequência, aparecem o PP, com 685, e o PSD, com 654.
O Partido Liberal tem 339 prefeitos, sendo 40 em Minas Gerais. Nas últimas eleições, foram eleitos 345 em todo o território nacional e, em 2016, a sigla conquistou 297 municípios.