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Estado de Minas JUSTIÇA ELEITORAL

TSE nega pedido de Bolsonaro e mantém ação sob sigilo

Defesa do ex-presidente pediu o sigilo parcial da ação que pode torná-lo inelegível, voltou atrás e pediu para a Justiça Eleitoral suspender a medida


14/04/2023 07:41 - atualizado 14/04/2023 08:52

Jair Bolsonaro
Se for condenado, Bolsonaro pode ficar até oito anos inelegível (foto: Anderson Riedel/PR)
O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, decidiu manter sob sigilo parte da ação que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível. A equipe de defesa do ex-presidente pediu o sigilo parcial da ação, mas voltou atrás e pediu para a Justiça Eleitoral suspender a medida. A decisão foi assinada nessa quinta-feira (13/4).

A ação contra o ex-presidente diz respeito a uma reunião que Jair Bolsonaro teve com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho do ano passado, em que fez diversos ataques, sem provas, ao sistema eleitoral brasileiro. O julgamento pelo plenário do TSE está previsto para o fim de abril até o início de maio. Se condenado, Bolsonaro pode se tornar inelegível por 8 anos, não podendo concorrer as eleições de 2026.

Algumas das informações que seguem sob sigilo são, por exemplo, depoimentos colhidos. Entre eles, do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que foi ouvido como testemunha. Também está sob sigilo o parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE), que defende a inelegibilidade de Bolsonaro, mas absolve Braga Netto, conforme revelado pelo jornal Globo.

Trechos das alegações afinais, que fazem referência a documentos sigilosos, também devem ficar sob sigilo, tanto para o ex-presidente Jair Bolsonaro, quanto para o PDT - autor da ação.  A sigla pede que Jair Bolsonaro e Braga Neto (candidato a vice-presidência na chapa de Bolsonaro em 2022) sejam condenados por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

"Especificamente no que diz respeito às alegações finais e ao parecer do MPE, o sigilo, como já explicitado, foi aplicado para proteger, especificamente, os trechos que fizessem remissão aos documentos e depoimentos sigilosos", destacou o ministro Benedito Gonçalves.

O Partido Liberal alegou que a quebra de sigilo era necessária para garantir "o conhecimento e o escrutínio público" das manifestações.


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