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Estado de Minas NIKOLAS FERREIRA

Transfobia: governo Lula defende julgar cassação de Nikolas Ferreira

Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania classificou a conduta do deputado passível de "responsabilização criminal"


15/04/2023 18:32 - atualizado 15/04/2023 18:40

Nikolas Ferreira
Nikolas Ferreira entoou discurso transfóbico no dia 8 de março deste ano (foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania elaborou uma nota técnica recomendando o início do julgamento pela cassação e retomada das análises dos processos contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) após seus discursos transfóbicos no plenário da Câmara.


O ministério classificou a conduta passível de "responsabilização criminal". O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) fez um discurso transfóbico na Câmara no Dia Internacional da Mulher. Ele foi à tribuna da casa e colocou uma peruca loira e disse que "se sente mulher", é a "deputada Nicole" e "tem lugar de fala".


O documento é assinado pelo ministro Silvio Almeida. A nota descreve a fala de Nikolas como uma "transfobia recreativa, discurso de ódio e violência política de gênero".

 

 


A recomendação é que seja dado andamento às apurações também pelo STF. A pasta diz que a nota será enviada para o Conselho Nacional do Ministério Público, à Polícia Federal, ao Conselho Nacional de Justiça, à Defensoria Pública da União, aos representantes do Poder Legislativo e aos representantes das empresas de plataformas digitais com atuação no território nacional.

 


A reportagem procurou o deputado e atualizará a reportagem se obtive retorno do contato.

 

 


 

Transfobia

 

 

  • A transfobia promove a exclusão de transexuais e vai além do ataque físico e/ou com palavras direcionadas a essas pessoas.
  • O STF determinou, em 2019, que a lei de racismo contemple os crimes de homofobia, lesbofobia, bifobia e transfobia, ou seja, crimes contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.
  • Então, sim, intolerância e discriminação contra transexuais é crime e pode dar até três anos de cadeia. A prática pode ser enquadrada na Lei de Racismo ou no crime de injúria racial.

 


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