Segundo o ex-ministro do Meio Ambiente, Bolsonaro se comprometeu a tentar convencer a cúpula do partido a lançar o seu nome e não apoiar o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). O PL tem cargos na gestão municipal e suas lideranças têm indicado preferência em apoiar o emedebista.
"Ele disse que eu sou o nome dele e que vai conversar com o Valdemar [Costa Neto, presidente do PL] para caminharmos. O que ele comentou hoje é que já há muito mais apoio a mim do que apenas as bancadas bolsonaristas estaduais e federais. Já tem outros que nem são desse grupo", afirma Salles à coluna Painel, da Folha de S.Paulo.
"Ou seja, está caminhando bem e ele vai falar com Tarcísio [de Freitas, governador de SP] e Valdemar. A gente está 100% junto, ele nem titubeou", completa.
No final de março, Bolsonaro disse que preferia Salles do que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na disputa, pois, segundo ele, o ex-ministro é mais experiente e conhece muito mais do que seu filho.
Ao ser questionado especificamente sobre Nunes, no entanto, afirmou que não estava falando pelo PL, que não dará ordem e que a decisão será da bancada paulistana da legenda.
No sábado (16), Salles se referiu ao prefeito como "ícone do centrão", bloco que disse ser um câncer na política. Ele falou que um dos objetivos de seu projeto de concorrer à prefeitura em 2024 é o de tirar "os ladrões" da prefeitura.
Nunes acionou a Controladoria Geral de São Paulo e a Procuradoria-Geral do Município, órgãos da prefeitura municipal, que solicitaram que Salles então encaminhe à administração da cidade as informações que diz ter a respeito de possíveis esquemas de corrupção.