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Estado de Minas EX-PRIMEIRA-DAMA

Michelle Bolsonaro diz que enxoval de R$ 35 mil era para funcionários

Antes, esposa de Bolsonaro afirmou que não tinha feito nenhuma compra de enxoval enquanto morava no Palácio da Alvorada


18/04/2023 16:12 - atualizado 18/04/2023 16:44

Michelle Bolsonaro
Michelle afirma que quando se mudou para o Alvorada preferiu usar um enxoval próprio (foto: MAURO PIMENTEL / AFP)
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) afirmou, nesta terça-feira (18/4), que o enxoval de R$ 35,2 mil em roupas de cama e toalhas de banho para o Palácio do Alvorada foi licitado pela administração, já que o material dos funcionário que moravam no local estaria "precário". As peças também seriam destinadas à Granja do Torto, residência de “férias” da Presidência da República, no setor habitacional do Torto, em Brasília.


Michelle explica que quando se mudou para o Alvorada, em 2019, não fez uma licitação para um enxoval novo e que preferiu usar o próprio, prevendo que seria alvo de críticas pelo preço do material. “Um funcionário me alertou: ‘dona Michelle, eles estão fazendo isso porque vai sair uma matéria sobre a senhora, falando que saiu da Ceilândia e está querendo ostentar com lençóis de seda no Palácio da Alvorada’”, disse.


No último domingo (16/4), Michelle havia afirmado em um vídeo publicado nas redes sociais que, durante os quatro anos que viveu no palácio, não fez nenhuma licitação para a compra de enxoval. 


No entanto, de acordo com registros obtidos através do Portal da Transparência da Controladoria Geral da União (CGU), em uma compra feita em julho de 2020, a Presidência gastou R$ 14.578,06. Entre os itens estão jogos de toalhas de banho de fio egípcio, travesseiros de pluma e roupas de cama nos tamanhos solteiro, casal e king. Já a segunda compra, feita em dezembro de 2020, custou R$ 20.646,60.


Segundo Michelle, essa compra de 2020 foi feita pela administração das duas residências para repor o enxoval, incluindo do staff. “Guarda verde, seguranças, bombeiro hidráulico, telefonistas, o pessoal da cozinha. São funcionários que dormem no alvorada e estavam sem toalha e sem lençóis”, argumentou. 


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