O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), fez uma visita ao Aeroporto Carlos Prates, na Região Noroeste da capital, na tarde desta terça-feira (18/4). Acompanhado do arquiteto e urbanista Gustavo Penna, ele voltou a falar sobre os projetos da prefeitura para a área onde funcionava o terminal e condicionou o início das intervenções no local à municipalização do terreno, já negociada com o governo federal.
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O prefeito ainda disse que pretende ouvir a comunidade para fazer as primeiras intervenções no local. Ainda assim, ele não apresentou prazos específicos ou quais seriam as primeiras intervenções.
Na última semana, o prefeito esteve em Brasília, onde se reuniu com os ministros Márcio França, de Portos e Aeroportos, e Esther Dweck, da Gestão e Inovação, e com o secretário de Gestão do Patrimônio da União, Lúcio Geraldo Andrade. A expectativa do Executivo Municipal é que a União acelere o repasse do terreno à PBH e que o processo seja concretizado nos próximos 40 dias.
Obras escalonadas
Fuad e o arquiteto Gustavo Penna, acompanhados de secretários e funcionários da PBH, percorreram a área do aeroporto de carro e depois assistiram a filmagens aéreas do terreno feitas com drones. O prefeito ressaltou o tamanho do local, cerca de três vezes maior que o Parque Municipal de BH e disse que as obras pretendidas na região acontecerão por etapas. Ele tratou a visita como um marco inicial para os projetos.
“Essa foi a conversa preliminar aqui com com o Gustavo pra gente poder tomar pé da situação, conhecer o aeroporto, que é muito grande. Vamos planejar agora uma implantação definitiva: o que vai ser e como vai ser. Assim vamos caminhando da primeira fase, para a segunda, para a terceira. Vamos ver o que a gente pode fazer. Eu espero que essa visita seja uma marca inicial”, disse o prefeito.
Desde a queda de um avião monomotor nos arredores do Aeroporto carlos Prates em 11 de março, Fuad Noman se pronuncia a favor da municipalização do terreno com o objetivo de construir moradias populares no local. Em entrevista após a visita desta terça, o prefeito reiterou o interesse, mas disse que, no plano de etapas para as obras no local, a construção de casas para a população de baixa renda deve ser uma das últimas intervenções.
“Belo Horizonte não tem grandes espaços para moradia e aqui tem espaços muito bons. Ele é talvez o nosso foco maior, mas é muito importante que a gente tenha colocado que nosso grande objetivo é criar para essa comunidade em torno do aeroporto é áreas de lazer, um parque, quadras de esportes, criar que áreas para crianças poderem se divertir, ter equipamentos públicos como a UPA, até um Centro de Saúde, uma escola infantil. Quer dizer, tem que fazer muita coisa, criar aqui um bairro novo praticamente e as moradias são o nosso ponto final. Com certeza não será o primeiro (investimento) porque ele precisa de projetos, de licitação, de Minha Casa, Minha Vida, mas está na nossa meta”, concluiu
Fuad voltou a falar que o espaço poderia abrigar cerca de 2 mil moradias e destacou que é preciso antes discutir questões de mobilidade antes de instalar mais moradores na região, que já é adensada.