Jornal Estado de Minas

GENERAL PAIVA

Comandante Paiva: 'Exército é apolítico, apartidário e imparcial'

O comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, declarou que o Exército é uma "instituição apolítica, apartidária e imparcial". A declaração foi dada durante a cerimônia de celebração do Dia do Exército. O evento teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Quartel-General do Exército, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (19/4).





Na solenidade militar, Paiva disse que o Exército está fundado em "valores e tradições, bem como comprometida com a defesa da Pátria, da independência, da República e da democracia". 
 
"O Exército imortal de Caxias, instituição de estado apolítica, apartidária, imparcial e coesa, integrada à sociedade e em permanente estado de prontidão, completa 375 anos de história. Sua existência está alicerçada em valores e tradições, bem como comprometida com a defesa da pátria, com a independência, com a república e a democracia", ressaltou o comandante do Exército brasileiro. 

O discurso de Paiva demonstra um aceno a Lula, que tenta se aproximar das Forças Armadas. Durante os quatro anos de governo Bolsonaro (PL), a instituição foi marcada por um "tom político", principalmente em razão das declarações do ex-presidente que chamava de "meu Exército".





O general também afirmou que a "missão do Exército" inclui o "respeito à população, às instituições e, sobretudo, à Constituição" e afirmou que, para o êxito, é necessário "um Exército moderno, com capacidade dissuasória, profissionalismo e aptidão para ajudar ainda mais o Brasil nos desafios vindouros". 

Paiva ainda fez um pedido aos militares. "Tenhamos fé nos princípios democráticos, na resiliência e solidariedade do povo brasileiro e no valor profissional dos nossos militares, herdeiros dos heróis de Guararapes e fiéis guardiões de nossa soberania!", finalizou. 

Lula e a aproximação dos militares

presença do presidente Lula marca uma tentativa de se aproximar das Forças Armadas. Alguns meses atrás, o local foi ocupado por apoiadores extremistas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que clamavam por um golpe contra a posse do petista. 

O presidente foi recebido com honras militares e apresentado às tropas mas não discursou na cerimônia.