Em um evento para discutir ações integradas de segurança nas escolas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma declaração polêmica ao referir-se a pessoas com transtornos mentais como tendo um "desequilíbrio de parafuso". Durante a reunião com ministros e governadores, realizada na terça-feira (18/4), Lula citou dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que apontam que pelo menos 15% da população mundial possui algum transtorno mental.
“Se esse número é verdadeiro e você pega o Brasil com 220 milhões de habitantes, 15% disso significa quase 30 milhões de pessoas com problema de ‘desequilíbrio de parafuso’; pode alguma hora acontecer uma desgraça”, disse.
O ex-presidente defendeu a necessidade de avaliar a saúde mental das crianças dentro das escolas e questionou por que elas não podem ser acompanhadas por médicos logo no ingresso ao ambiente escolar. Lula questionou se é preciso esperar por um crime para tomar uma atitude.
Além disso, o governo falou sobre o pacote de R$ 3 bilhões para combater a violência no ambiente escolar, sendo que R$ 1,097 bilhão será repassado por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).
O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), afirmou que essas medidas são uma resposta a uma cultura de violência, ódio e intolerância presente na sociedade. O MEC também deve editar uma resolução para comunicar aos gestores que é possível utilizar os recursos do PDDE para a formação, infraestrutura e equipamentos com finalidade de segurança.
A fala causou polêmica pois pessoas com transtornos mentais não possuem "desequilíbrio de parafuso", essa expressão pode ser considerada ofensiva e discriminatória. Por isso, é importante evitar o uso de termos que reforcem o estigma e a discriminação de pessoas com problemas de saúde mental.