Em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (20/4), Padilha disse que o vazamento das imagens "criaram uma nova situação política". Ele ainda alega que as imagens foram editadas. O ministro também afirmou que vai orientar os congressistas líderes dos partidos da base do governo, a indicarem membros para a comissão.
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Ainda segundo o ministro, mesmo com a instalação da comissão, as outras instituições - STF e Polícia Federal - continuarão investigando os envolvidos nos atos golpistas.
CPMI
Congressistas da oposição defendem a CPMI dos atos golpistas há alguns meses, mas só agora o governo Lula e aliados passaram a defender a investigação. A oposição reuniu apoio de 194 deputados e 37 senadores, e nem o esforço das lideranças do governo foi suficiente para a retirada das assinaturas ao requerimento do deputado André Fernandes (PL-CE).
Ex-ministro do GSI
Padilha também saiu em defesa do ex-ministro do GSI, Gonçalves Dias, que pediu demissão ontem após a divulgação das imagens. Ele afirmou que "nenhuma imagem vazada com edição" é suficiente para "destruir a biografia de uma pessoa".
"Ele tem uma biografia, uma história, acho que qualquer edição, vídeo vazado com edição não é suficiente para destruir a biografia de uma pessoa, mas tem que ser apurado. Não só GDias, mas todos aqueles que estavam naquele vídeo. Inclusive, me estranha muito alguns agentes militares estarem com a imagem borrada no seu rosto para não ser reconhecido e o ex-ministro não ter o mesmo tratamento nesse vazamento que foi feito".