Jornal Estado de Minas

MINISTRO DAS RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

Padilha sobre CPMI de 8/1: 'Será pá de cal na teoria da conspiração'

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) vai servir para "colocar um pá de cal" nas teorias da conspiração feitas pela oposição. De acordo com o ministro, o governo orientou os líderes do Congresso Nacional, Câmara dos Deputados e Senado a apoiarem a instalação da comissão. 





Em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (20/4), Padilha disse que o vazamento das imagens "criaram uma nova situação política". Ele ainda alega que as imagens foram editadas. O ministro também afirmou que vai orientar os congressistas líderes dos partidos da base do governo, a indicarem membros para a comissão. 

"Fizemos uma análise da nova situação política criada pelo vazamento de imagens envolvendo servidores aqui no Palácio do Planalto. Na nossa opinião isso cria uma nova situação política para os atos terroristas do dia 8 de janeiro. E tentam criar uma teoria absurda da conspiração, verdadeiro terraplanismo, uma teoria que tentam construir de que as vítimas daqueles atos terroristas, que foi o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal, o Palácio do Planalto, que foi a democracia, o resultado eleitoral, de que aquelas vitimas, tem qualquer responsabilidade sobre a atuação dos terroristas no dia 8 de janeiro", disse o ministro.

"Vamos enfrentar este debate político, que está tentando ser criar por aqueles que passaram pano para os atentados do dia 8 de janeiro. Na minha opinião, esse enfretamento político será pá de cal nessa tentativa de criar uma teoria conspiratória que é um verdadeiro terraplanismo", disse.





Ainda segundo o ministro, mesmo com a instalação da comissão, as outras instituições - STF e Polícia Federal - continuarão investigando os envolvidos nos atos golpistas. 

CPMI  

Congressistas da oposição defendem a CPMI dos atos golpistas há alguns meses, mas só agora o governo Lula e aliados passaram a defender a investigação. A oposição reuniu apoio de 194 deputados e 37 senadores, e nem o esforço das lideranças do governo foi suficiente para a retirada das assinaturas ao requerimento do deputado André Fernandes (PL-CE).
 
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Ex-ministro do GSI

Padilha também saiu em defesa do ex-ministro do GSI, Gonçalves Dias, que pediu demissão ontem após a divulgação das imagens. Ele afirmou que "nenhuma imagem vazada com edição" é suficiente para "destruir a biografia de uma pessoa".
 
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"Ele tem uma biografia, uma história, acho que qualquer edição, vídeo vazado com edição não é suficiente para destruir a biografia de uma pessoa, mas tem que ser apurado. Não só GDias, mas todos aqueles que estavam naquele vídeo. Inclusive, me estranha muito alguns agentes militares estarem com a imagem borrada no seu rosto para não ser reconhecido e o ex-ministro não ter o mesmo tratamento nesse vazamento que foi feito".