Dino frisou que o governo manterá "monitoramento no nível máximo" nos próximos dias. O ministério também divulgou dados da operação.
"Hoje é 20 de abril. É uma data em que nós estamos trabalhando muito fortemente, porque havia e há alguns anúncios, ameaças, como todos sabem. Nós vamos manter esse monitoramento no nível máximo ao longo de todo o dia, e também nos dias subsequentes", disse Dino aos jornalistas na sede da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Brasília, onde ocorre o monitoramento das ameaças nas redes sociais.
"Ou seja, estou comunicando às famílias, à sociedade, que o presidente Lula decidiu que a operação Escola Segura vai continuar", acrescentou o ministro.
Segundo ele, apesar da ação ter sido iniciada como temporária, os altos números de ameaças de violência tornam necessária sua manutenção.
Questionado sobre a decisão de algumas famílias de deixarem os filhos em casa, e de algumas escolas que suspenderam as aulas, Dino respondeu que respeita a decisão.
"Não cabe a nós julgarmos a decisão das famílias. Mas, até esse momento em que estamos conversando, 10h40, não há nenhuma razão objetiva para isso. Então eu diria que é uma atitude de tranquilidade, com vigilância, com acompanhamento, que nós estamos tendo", esclareceu Flávio Dino.
"[Queremos] Estimular a que estados e municípios continuem a atuar em rede, e mostrar a eficácia do monitoramento de redes sociais. Isso tem se revelado fundamental para a realização das diligências. Não fossem as informações colhidas, via redes sociais, internet de modo geral, não seria possível colher esses números", enfatizou o ministro.
Grupos nazistas são alvo
De acordo com Dino, foram realizadas, até o momento, 302 prisões ou apreensões e 270 operações de busca e apreensão, em que encontraram armamentos letais e não letais, além de artefatos ligados a grupos nazistas, como bandeiras e outros itens. Ao todo, 1.738 casos de violência ou ameaça estão sendo investigados em todo o país, a partir de 2.593 Boletins de Ocorrência (BOs) registrados
"Falou em nazismo, falou em neonazismo, ameaçou escolas, ameaçou comunidade escolar, diz que vai fazer ataque, nós estamos pedindo a prisão. E vamos continuar. Não há possibilidade de convivermos com esse clima que alguns poucos querem criar em detrimento de 40 milhões de estudantes brasileiros", completou o ministro da Justiça./