Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30) no estado do Pará durante entrevista coletiva concedida neste sábado (22/4), em Lisboa. Ao lado do presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, o brasileiro dedicou parte de seu pronunciamento inicial para falar sobre compromissos ambientais.
retomada da relação diplomática entre Brasil e Portugal. De acordo com Lula, a sintonia entre os países deve se estender à discussão sobre as mudanças climáticas. O petista afirmou que “o Brasil será implacável no combate aos crimes ambientais” e prosseguiu tratando sobre o desejo de sediar a COP 30, que acontece em 2025.
O pronunciamento de ambos os presidentes após uma reunião oficial iniciou destacando a “Estamos reivindicando fazer a COP 30 no Brasil, no estado do Pará. Um estado amazônico para que as pessoas possam ver a Amazônia. Mas se você não tiver uma governança forte para se exigir o cumprimento das decisões, a gente vai nas reuniões, toma decisões e no ano seguinte faz outras reuniões, toma mais decisões e no ano seguinte a mesma coisa e as decisões nunca entram em vigor”, disse em tom crítico ao que considera ineficiência das reuniões internacionais sobre o meio ambiente.
Ao defender uma atuação mais incisiva dos governantes na agenda climática, Lula disse ainda que as resoluções aprovadas em reuniões como o Acordo de Paris, de 2015, e o Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, jamais entraram em prática.
.
Belém-PA foi definida ainda na primeira metade de janeiro como a candidata oficial do Brasil para sediar a COP 30. O Pará é governado por Helder Barbalho (MDB), que também preside o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (CAL) e é aliado político do presidente brasileiro.