O ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, disse que está tornando públicas todas a imagens do circuito interno do Palácio do Planalto, gravadas no 8 de janeiro, neste sábado (22/4). As imagens têm 160 horas de duração. Em entrevista à TV 247, o ministro disse que "que a revelação das imagens, e a própria CPMI, se for instalada, vai deixar claro é que houve uma tentativa de golpe no dia 8, comandada por setores extremistas da política brasileira que se recusaram e se recusam a aceitar o resultado das urnas. [Foi] uma manobra da oposição, não há crise no governo".
Cappelli ainda negou que a situação seja uma crise no governo. "Uma crise fabricada pelo oposição com claro intuito de instaurar a CPMI do dia 8 e criar embaraço para o governo", disse. Ele disse que todas as imagens estão sendo disponibilizadas para a imprensa. "Essas imagens não estavam públicas por motivo de segurança", disse.
Pelo Twitter, Cappelli disse, na manhã deste sábado, que o próprio GSI foi quem consultou formalmente o STF sobre a liberação de todas as imagens. "A tentativa de transformar as vítimas em culpadas é uma prática conhecida do fascismo", afirmou. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou nesta sexta-feira (21/4) a quebra de sigilo de todas as imagens gravadas no Planalto no 8 de janeiro.
Foi o GSI que consultou formalmente o STF sobre a liberação de todas as imagens, o que faremos a partir de hoje. A tentativa de transformar as vítimas em culpadas é uma prática conhecida do fascismo.
%u2014 Ricardo Cappelli (@RicardoCappelli) April 22, 2023
A determinação ocorre após o general Gonçalves Dias deixar o cargo de ministro-chefe do GSI por ter sido flagrado em imagens, no Planalto, interagindo com os vândalos que depredaram o prédio.
Em Lisboa, o presidente Lula disse que irá resolver a questão do GSI quando voltar da Europa. O presidente afirmou, ainda, que não cabe ele opinar sobre a decisão da Câmara e do Senado de instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os atos golpistas de 8 de janeiro.