No feriado de 21 de abril, Dia de Tiradentes, data que relembra um dos líderes mais influentes da Inconfidência Mineira, o Governo de Minas Gerais descreveu o evento histórico como um golpe e ressaltou que os inconfidentes não confessaram seus crimes. A informação foi divulgada nas redes sociais.
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A deputada estadual Lohanna França (PV) comentou a postagem e marcou o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), no post. "Você está chamando Tiradentes e os Inconfidentes de golpistas e criminosos? É isso mesmo?", indagou.
A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com o Governo de Minas e aguarda um posicionamento.
Governo de Minas edita post
Após a publicação desta matéria, o Governo de Minas editou o post polêmico em seu perfil no Instagram. A palavra "crimes" foi trocada por "atos". No entanto, o termo "golpe" foi mantido. Veja abaixo o original e, em seguida, a alteração.
Inconfidência Mineira
A Inconfidência Mineira foi um movimento social e político que aconteceu durante o período de 1789 a 1792, em Vila Rica, atual Ouro Preto. O movimento contava com a participação da elite, com intelectuais, religiosos, militares e fazendeiros.
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"O movimento surgiu de motivações pessoais de ressentimento por desligamentos de cargos, e Tiradentes foi uma dessas pessoas, que foi destituído de seu cargo de militar", comenta o professor aposentado da UFMG em História do Brasil, Luiz Carlos Villalta.
Delatada por traidores no movimento, a derrama foi suspensa e todos os inconfidentes presos. O único a assumir a participação na Inconfidência Mineira e ser condenado à morte foi Tiradentes, durante um processo de julgamento de três anos.
Os restantes dos inconfidentes foram exilados do Brasil.
Tiradentes foi enforcado em 21 de abril de 1792, sendo considerado o primeiro herói e mártir brasileiro, especialmente quando surgiu a República no país.
A bandeira criada pelos insurgentes representa hoje a do estado de Minas Gerais.