O secretário-executivo do Ministério da Justiça e agora ministro-chefe interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, defendeu o general Gonçalves Dias e fez críticas aos também militares Augusto Heleno e Walter Braga Netto ao comentar sobre os ataques a Brasília-DF em 8 de janeiro.
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As imagens de Gonçalves Dias no Palácio do Planalto no dia dos atos antidemocráticos foi combustível para que parlamentares e nomes associados ao bolsonarismo intensificarem as teorias de que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi negligente durante os ataques. O general foi nomeado pelo petista para o cargo de ministro-chefe do GSI, mas trabalhava com militares da gestão anterior, comandada por nomes de confiança de Bolsonaro.
Citado por Cappelli, um dos braços-direitos de Bolsonaro era o general Augusto Heleno, o último ministro-chefe do GSI antes de Gonçalves Dias. Braga Netto, o outro general citado pelo secretário, foi ministro da Casa Civil e da Defesa durante o mandato de Bolsonaro. O militar ainda foi candidato a vice na chapa pela qual o ex-presidente tentou a reeleição em 2022.