"Nós temos um problema no Brasil, primeiro-ministro, que Portugal não sei se tem. É que a nossa taxa de juros é muito alta. No Brasil, a taxa Selic, que é referencial, está em 13,75%. Ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%, ninguém. E não existe dinheiro mais barato", reclamou Lula, sem citar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
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Em Portugal, Lula destaca que não vai vender empresas estataisBrasil e Portugal fecham acordo que facilita validação de diplomasLula a TV portuguesa: 'As pessoas não são obrigadas a gostar do Lula'Lula sobre presidente do Banco Central: 'Não entende nada do país'Cid Gomes critica presidente do BC: 'Fez manifestações pró-Bolsonaro'Em Portugal, Lula condena violação da Ucrânia pela RússiaNikolas sobre protestos contra Lula em Portugal: 'Ótima recepção'"Não vamos deixar o Brasil sair nunca mais", diz premiê portuguêsPF adia depoimento de TorresApós fake news, bolsonarista diz: 'Fazemos certo ou vamos passar vergonha'Lula sanciona lei que obriga inclusão de dados sobre raça em documentosPara o presidente é necessário "colocar o pobre no orçamento", pois um país capitalista precisa de dinheiro, "e esse dinheiro tem que circular. Não na mão de poucos, mas na mão de todos".
"A solução para o Brasil é voltar a colocar o pobre no orçamento. É a gente garantir que as pessoas pobres possam participar. Porque quando eles virarem consumidores, eles vão comprar. Quando eles comprarem, o comércio vai vender. Quando o comércio vender, vai gerar emprego, vai comprar mais produto na fábrica", declarou.
Lula também disse que os três primeiros meses do governo foram baseados para "preparar o Brasil para dar um salto de qualidade" e enfatizou a necessidade de inclusão.
"Nós tivemos que recuperar todas as políticas de inclusão social que foram desmontadas. O que nós fizemos em 13 anos foi desmontado em 4 anos. Tudo. Até a fome. Vamos ter que fazer muitas coisas que já tinhamos feitos", disse Lula.