Chico Buarque foi agraciado com o prêmio Camões, nesta segunda-feira (24/4), em Sintra, Portugal. Em discurso, ele fez questão de lembrar a gestão da cultura no governo de Jair Bolsonaro (PL), a qual ele chamou de “anos de estupidez e obscurantismo”. O ex-presidente deveria assinar o diploma do prêmio em 2019, mas se recusou.
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A condecoração com o prêmio Camões, o mais importante da literatura de língua portuguesa, ocorre com quatro anos de atraso. Chico recebeu a honraria das mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ironizou a recusa de Jair Bolsonaro.
“Hoje, porém, nesta tarde de celebração, me conforta lembrar que o ex-presidente teve a rara fineza de não sujar o diploma do meu prêmio Camões, deixando seu espaço em branco para a assinatura do nosso presidente Lula”, disse Chico em meio a aplausos.
O artista foi o 13º brasileiro a levar a honraria que premia escritores lusófonos pelo conjunto da obra com 100 mil euros, divididos entre Portugal e o Brasil. O diploma tem, tradicionalmente, a assinatura do presidente brasileiro e do presidente português.