Nova pesquisa do Instituto Atlas/Itel aponta que 77,9% dos brasileiros são a favor da regulação das redes sociais. De acordo com o levantamento, divulgado nesta terça-feira (25/4), 13,8% dos entrevistados são contra a regulação, enquanto 8% não sabem opinar sobre o assunto.
O assunto ganhou destaque nas últimas semanas após a onda de ataques contra escolas e que desencadeou uma série de ameaças nas redes sociais. Nesta semana, a Câmara dos Deputados pode votar a urgência e o mérito do projeto que trata do combate às fake news e regulamenta as redes sociais. O texto tramita na Câmara desde 2020.
Redes sociais e escolas
Ainda de acordo com a pesquisa, 55,3% dos entrevistados acreditam que a falta de regulação das redes sociais contribuiu para os ataques recentes em escolas no Brasil.
Neste segmento, 19,1% dos entrevistados disseram que as redes sociais provavelmente contribuíram para os ataques. Outros 18,7% avaliam que as redes sociais não contribuíram, enquanto 6,9% não souberam responder.
O instituto ainda questionou os entrevistados sobre a segurança das redes sociais para crianças e adolescentes. Para 48,1% dos entrevistados as redes são inseguras e para 45,6%, muito inseguras.
Apenas 5,1% dos entrevistados acreditam que as redes sociais são seguras; enquanto 1,3% acreditam que as redes são muito seguras.
Empresas se preocupam com usuários?
Para 71,2% dos entrevistados, os donos das grandes redes sociais - como o Instagram, Faceboook, TikTok ou Twitter - não se importam com o bem estar das pessoas. Já 15,8% acreditam que os empresários se preocupam pouco; 4,6% acreditam que as empresas se preocupam muito; e 8,4% não souberam responder.
Relacionamento nas redes
A pesquisa ainda mostra que 28,5% dos brasileiros acreditam que as redes sociais pioraram muito a forma com as pessoas se relacionam na sociedade. Para 30,8%, as redes nem pioraram, nem melhoraram a forma como as pessoas conversam e lidam umas com as outras.
Já 23,8% dos entrevistados apontam que as redes sociais pioraram as relações.
No entanto, 12,9% dos brasileiros avaliam que as redes sociais melhoraram as relações pessoais e 4% acham que melhoraram muito.
O instituto entrevistou 1.600 pessoas, acima de 16 anos, entre os dias 15 e 17 de abril de 2023. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança para a estimação da margem de erro de 95%.