O núcleo bolsonarista no congresso comemorou a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que irá investigar os ataques às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. Nesta quarta-feira (26/4), o presidente do senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leu o requerimento em sessão conjunta entre deputados e senadores, e iniciou oficialmente os trabalhos do colegiado.
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O deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), presidente da Comissão de Segurança Pública na Câmara, ressaltou que os trabalhos devem durar 6 meses e disse que o governo Lula usou mecanismos não-republicanos para tentar barrar a comissão. “Lula e sua turma não conseguiram barrar a investigação parlamentar que pode mudar a história da república”, disse.
Já o deputado Éder Mauro (PL-PA) disse que o Brasil venceu e também ressaltou a necessidade de saber “a verdade dos fatos”, desejando que a justiça seja feita.
Próximos passos
Com a instalação da CPMI do 8/1, Pacheco solicitou que as lideranças partidárias indiquem os nomes dos membros que irão integrar a comissão. O presidente do senado destacou que os trabalhos devem começar na semana que vem, já que após a leitura o colegiado está apto para atuar.
A primeira disputa é pela relatoria da comissão. No Senado, Renan Calheiros (MDB-AL) é o nome mais forte. Já na Câmara dos Deputados, um dos cotados é o deputado André Fufuca (PP-MA).
Apesar do grande empenho do núcleo bolsonarista em instalar a CPMI, a base governista deve ter a maioria dos membros, devido às configurações de blocos e lideranças partidárias nas duas casas do congresso. No Senado, a “tropa de choque” da CPI da Covid deve ser reeditada na nova comissão, com Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Omar Aziz (PSD-AM), Humberto Costa (PT-PE) e Renan Calheiros.