Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendem a tese de que houve omissão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante os atos antidemocráticos, como forma de obter ganhos políticos com a imagem de vítima. Em mensagens publicadas em redes sociais, os deputados ressaltam que “a verdade virá à tona”.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que “invadiu” a reunião de lideranças do congresso que adiou a sessão conjunta da semana passada, afirmou que irá “trabalhar incansavelmente até que a verdade venha à tona”.
CPMI do dia 08 instaurada. Agora é trabalhar incansavelmente até que a verdade venha à tona.
%u2014 Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) April 26, 2023
O deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), presidente da Comissão de Segurança Pública na Câmara, ressaltou que os trabalhos devem durar 6 meses e disse que o governo Lula usou mecanismos não-republicanos para tentar barrar a comissão. “Lula e sua turma não conseguiram barrar a investigação parlamentar que pode mudar a história da república”, disse.
CPMI do 8 de Janeiro acaba de ser instalada. Em até 6 meses a verdade deve vir à tona. Mesmo usando mecanismos não-republicanos, Lula e sua turma não conseguiram barrar a investigação parlamentar que pode mudar a história da república.
%u2014 Deputado Sanderson (@DepSanderson) April 26, 2023
Já o deputado Éder Mauro (PL-PA) disse que o Brasil venceu e também ressaltou a necessidade de saber “a verdade dos fatos”, desejando que a justiça seja feita.
%uD83D%uDEA8 CPMI DO 8 DE JANEIRO INSTALADA
%u2014 Delegado Éder Mauro 2222 %uD83C%uDDE7%uD83C%uDDF7 (@EderMauroPA) April 26, 2023
O BRASIL VENCEU, AGORA VAMOS SABER A VERDADE DOS FATOS. QUE A JUSTIÇA SEJA FEITA. PRA CIMA %uD83D%uDC4A%uD83C%uDDE7%uD83C%uDDF7#ForçaeHonra
Próximos passos
Com a instalação da CPMI do 8/1, Pacheco solicitou que as lideranças partidárias indiquem os nomes dos membros que irão integrar a comissão. O presidente do senado destacou que os trabalhos devem começar na semana que vem, já que após a leitura o colegiado está apto para atuar.
A primeira disputa é pela relatoria da comissão. No Senado, Renan Calheiros (MDB-AL) é o nome mais forte. Já na Câmara dos Deputados, um dos cotados é o deputado André Fufuca (PP-MA).
Apesar do grande empenho do núcleo bolsonarista em instalar a CPMI, a base governista deve ter a maioria dos membros, devido às configurações de blocos e lideranças partidárias nas duas casas do congresso. No Senado, a “tropa de choque” da CPI da Covid deve ser reeditada na nova comissão, com Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Omar Aziz (PSD-AM), Humberto Costa (PT-PE) e Renan Calheiros.