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Estado de Minas CONGRESSO NACIONAL

Pacheco diz que CPMI não vai prejudicar 'agendas do Brasil'

Após ler requerimento para abertura da comissão, senador afirma que Congresso manterá foco no arcabouço fiscal e na reforma tributária


27/04/2023 04:00 - atualizado 27/04/2023 07:28

Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso Nacional
''Temos um desafio, que é a votação do arcabouço fiscal, o desafio da reforma tributária, das medidas provisórias que serão entregues e apreciadas pelo Congresso Nacional. São essas agendas do Brasil'' - Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso Nacional (foto: MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO)

Brasília – O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leu, ontem, o requerimento de abertura da comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que vai investigar a atos golpistas do 8 de janeiro.
 
Agora, líderes de partidos e blocos partidários devem indicar os membros da comissão, que deve começar a ocorrer na próxima semana. Em entrevista coletiva após a sessão conjunta do Congresso, Pacheco afirmou que a CPMI é relevante, mas disse que o seu foco na presidência do Legislativo é atuar pela “agendas do Brasil”.
 
“Nossa preocupação é com a pauta e agenda do país, não que a CPMI não seja importante, que cumpra seu papel, mas meu foco como presidente do Senado e do Congresso é na aprovação das medidas legislativas que possam permitir o crescimento do Brasil”, disse Pacheco que ainda citou pautas importantes que tramitam no Congresso.

“Temos um desafio que é a votação do arcabouço fiscal, o desafio da reforma tributária, das medidas provisórias que serão entregues e apreciadas pelo Congresso Nacional. São essas agendas do Brasil. Nós temos que apartar da agenda de polêmica que é própria da política, mas a agenda que nos une que é estabelecer um marco fiscal de ter uma reforma tributária de ter projetos que permitam o crescimento do país”, afirmou também.

“Amanhã vamos receber o ministro da Fazenda (Fernando Haddad), a ministra do Planejamento (Simone Tebet) e o presidente do Banco Central (Campos Neto) para realizarmos no Senado uma sessão de debates para discutir juros e inflação no nosso país e possibilidade de crescimento do Brasil”, acrescentou Pacheco.
 

Sobre a CPMI, Pacheco afirmou que não há definição sobre com qual Casa legislativa ficará a relatoria ou presidência do colegiado. Segundo ele, a definição será feita após a indicação dos integrantes da comissão. “É uma definição que não existe ainda. Tem que ter a indicação dos membros pelos líderes e a eleição do presidente é do colegiado, de modo que não há essa definição de presidente e relatoria de qual casa será e qual será o perfil. Esse é um trabalho da própria CPMI e seus membros e não cabe a mim como presidente do Congresso interferir", afirmou.

Pacheco disse esperar que na semana que vem a comissão já esteja instalada e reforçou o pedido para os líderes fazerem suas indicações através da proporcionalidade de blocos e partidos. O presidente ainda comentou sobre uma questão de ordem feita pelo líder da oposição, o senador Rogério Marinho (PL-RN), e afirmou que irá respondê-la ainda nesta semana. A queixa de Marinho se refere a uma mudança de bloco do líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), na noite de terça-feira.
 
 
 
Ele saiu do Bloco Democracia, encabeçado por MDB e União Brasil, e foi para o Bloco Resistência, comandado por PSD e PT. Com a alteração, dentro da regra de proporcionalidade, o bloco do PT poderá indicar seis senadores à CPMI, retirando uma das vagas do bloco Vanguarda, de PL e Novo, que agora, só indicará dois parlamentares.

Segundo o requerimento do autor André Fernandes, a CPMI será composta por 32 parlamentares, 16 senadores e 16 deputados. Desse contingente, 30 integrantes serão indicados pela proporcionalidade. Duas vagas — uma para cada Casa — serão preenchidas por rodízio de integrantes da minoria. No Senado houve um acordo para a vaga ficar com o bloco de PP e Republicanos e na Câmara ficará ela ficará com o Novo. Após articulação na Câmara, e principalmente no Senado, o governo conseguirá obter maioria dentro da comissão. A formação de blocos suprapartidários beneficiou a base de Lula para conseguir preencher a CPMI com aliados.
 


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