(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas PLANO DIRETOR

PL sobre outorga onerosa será votado nesta sexta na CMBH

Projeto que muda instrumento do Plano Diretor da capital será votado em 2º turno em reunião extraordinária. PBH pediu celeridade na análise da proposta


27/04/2023 10:54 - atualizado 27/04/2023 12:53

Hipercentro de BH
Área central de BH será diretamente impactada pelo projeto da prefeitura (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
O Projeto de Lei (PL) 508/2023 será votado em segundo turno na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) às 9h desta sexta-feira (28/4), em reunião extraordinária. A proposta é de autoria da prefeitura da capital e determina uma mudança na cobrança da Outorga Onerosa do Direito de Construir (OODC), instrumento do Plano Diretor da cidade.

A votação desta sexta acontece pouco mais de um mês após o PL ter sido aprovado em primeiro turno com larga margem de votos, 33 a 7. A proposta reduz o valor cobrado da OODC pela metade dentro dos limites da Avenida do Contorno.

A outorga onerosa é um instrumento que permite que empresas construam acima do coeficiente básico. As empreiteiras compram essa ampliação do direito de construir diretamente da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e os valores arrecadados vão para um fundo que deve ser utilizado para melhorias urbanas e moradias populares.

A OODC compete com outros mecanismos de ampliação dos limites de construção, sendo o principal deles a Transferência do Direito de Construir (TDC), que é adquirida junto a donos de imóveis tombados. Segundo a PBH, o valor cobrado pela outorga deve cair para que o instrumento se torne comercialmente mais atrativo e, assim, mais dinheiro seria arrecadado para obras sociais. A visão é corroborada pela maioria da Câmara e pelas entidades que representam o setores de construção e empresarial.


Pesquisadores e movimentos de luta por habitação se opõem ao projeto. As principais argumentações são de que a cobrança menor acarretaria em queda de arrecadação e de que o PL fere os objetivos de descentralização da cidade proposto no Plano Diretor, que só poderia ser revisto em 2027, oito anos após sua aprovação.

Outro ponto criticado por opositores do PL é a velocidade com a qual o projeto tramita na CMBH. O presidente da Câmara, Gabriel Azevedo (sem partido) e o prefeito Fuad Noman (PSD) estiveram reunidos nos últimos dois dias para discutir as passagens de ônibus na capital e o projeto da outorga onerosa entrou em pauta. Segundo o vereador, o chefe do Executivo lhe pediu celeridade na apreciação da proposta em segundo turno. Caso aprovado amanhã, o PL 508/2023 é enviado para sanção do prefeito.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)