Alterações propostas por Fuad
Pesquisadores questionam mudanças
Movimentos de luta por moradias populares e pesquisadores da área acreditam que reduzir o valor cobrado acarretaria em uma correlata queda na arrecadação de recursos que seriam empregados para combater o déficit habitacional na cidade. A oposição ao PL também argumenta que a medida concentraria ainda mais os recursos e construções na área central da cidade, contrariando os objetivos de interiorizar a urbanização da cidade previstos no Plano Diretor.
Na última segunda-feira, a Câmara fez audiência pública que colocou frente a frente atores favoráveis e contrários ao projeto e nessa quinta-feira, na véspera da votação do PL, pesquisadores se reuniram na na Faculdade de Arquitetura da UFMG para apresentar documentos que mostram os problemas da alteração do Plano Diretor.
“O único estudo que recebemos da prefeitura embasando o PL 508, e nos surpreende, é um estudo que está mostrando que a outorga nos moldes atuais está cumprindo o papel dela de distribuição do valor da terra e que o problema é uma hipervalorização dos terrenos na OP-3 (área dentro da Avenida do Contorno)”, afirmou Silvio Motta, presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil em Minas (IAB-MG).