A Polícia Federal (PF) recebeu as planilhas que teriam sido usadas pelo ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, para interferir na movimentação dos eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o segundo turno das eleições de 2022. O documento detalha os locais em que o petista venceu no primeiro turno.
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Lula defende políticos: 'Se tem uma profissão honesta, é a do político'Adnet diz ser cobrado por bolsonaristas para 'sacanear o Lula'Presidente do PT sobre Carlos Bolsonaro: 'Essa gente só cultua o ódio'Torres deve prestar novo depoimento até segunda-feira (8/5)'Absolutamente abalado', diz deputado que visitou Anderson TorresDois dias antes do 8/1, Abin alertou GSI e Justiça sobre atos terroristasCappelli critica troca de informes de inteligência por apps de mensagemEm Salvador, na Bahia, onde Anderson Torres teria feito uma visita a superintendência da PF por exemplo, onde Torres viajou às vésperas do segundo turno, Lula recebeu 67% dos votos (1.022.728), enquanto Bolsonaro 24% (367.452). Uma coluna da planilha detalha o número de pessoas que não votaram em Lula ou Bolsonaro, na capital Baiana foram 240.434 eleitores.
A viagem de Torres à Bahia também é investigada pela PF. Na justificativa oficial, o ex-ministro alegou que foi até a região discutir reforços nas equipes policiais para combater crimes eleitorais. De acordo com as investigações, ele solicitou ampliação de operações visando o transporte coletivo de eleitores.
No segundo turno das eleições, as abordagens da PRF, em ônibus, foram 70% maiores do que no primeiro turno. No entanto, o procedimento contra veículos de transporte de passageiros havia sido proibido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
Por todo o Nordeste a movimentação da PRF chamou atenção do eleitorado de esquerda. Somente em Alagoas, 82 ônibus foram parados pelos policiais. Segundo o blog da jornalista da Globonewa Andréia Sadi, a defesa dos alvos quer usar as tabelas para alegar que o levantamento foi feito com ambos os candidatos.