O ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, criticou nesta sexta-feira (28/4) o repasse de informes de inteligência por aplicativos de mensagens. Segundo ele, que ocupa o cargo de secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, "não é adequado" que as informações sensíveis sejam veiculadas em aplicativos controlados por empresas privadas, de nações estrangeiras.
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"Não é adequado que informes de inteligência confidenciais de um país sejam repassados através de um aplicativo de mensagem de uma empresa privada de uma nação estrangeira", escreveu Cappelli em sua conta no Twitter. "Não se trata de xenofobismo nem conspiracionismo. Estamos tratando de soberania nacional", acrescentou.
Segurança
Pouco depois, ainda nas redes, Cappelli destacou o papel da segurança cibernética para a administração pública. "Já invadiram o e-mail da então presidenta Dilma e devassaram os dados da Petrobras, principal empresa nacional. Esta é uma questão estratégica", disse o ministro interino.
Integrantes do Executivo negam terem recebido os informes enviados pela Abin durante os ataques do dia 8 de janeiro. O ministro da Justiça, Flávio Dino, atribui o envio por aplicativos como a razão para o não recebimento, e contou que trocou os informes digitais por envelopes físicos.