O ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Flávio Dino, comemorou a chegada do empresário e agressor Thiago Brennand no Brasil. O criminoso chegou no final da tarde deste sábado (29/4) ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e seguiu em uma viatura para a Superintendência da corporação, no bairro da Lapa. Amanhã (30/04) passará por audiência de custódia e ficará preso enquanto correr o julgamento.
“Notório agressor de mulheres já no Brasil, trazido pela Polícia Federal, depois de ter fugido do nosso país. Vitória da Justiça sobre a impunidade”, comentou o ministro nas redes sociais.
Ele também parabenizou a equipe da Polícia Federal (PF) que realizou a escolta e os órgãos de Justiça competentes pela busca de diálogo com o judiciário internacional. “Que o fato sirva de mensagem contra outros agressores”, enfatizou.
A extradição foi pedida pela 1ª, 2ª, 6ª, 30ª varas criminais do município de Porto Feliz e da capital de São Paulo, respectivamente. Para a escolta de Brennand ao território nacional, houve a coordenação da Diretoria de Cooperação Internacional da PF e o apoio da Adidância da PF no Oriente Médio.
O caso se desenrola desde setembro do ano passado, quando houve a primeira denúncia formal do Ministério Público de São Paulo à Justiça do Estado. Em 4 de setembro, o empresário voou do Brasil para os Emirados Árabes, na cidade de Abu Dhabi, descumprindo a ordem judicial para que entregasse o passaporte. Dessa forma, ele passou a ser foragido e entrou para a lista vermelha da Interpol.
Pouco mais de um mês da liberdade, Brennand chegou a ser preso no país pela Interpol, mas foi solto após pagar fiança. Em novembro do ano passado, o Brasil pediu a extradição do agressor. Os Emirados Árabes aceitaram o pedido em 16 de abril deste ano.
Na data, a Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, também celebrou a notícia, porque considera que essa é uma mostra de que o respeito às mulheres retornou ao país. “São notícias positivas para que o processo judicial sobre as acusações de estupro, agressão, cárcere privado e ameaça contra ele possam ocorrer devidamente no Brasil. É comum que vítimas passem a desacreditar o sistema de Justiça quando não veem resultado sobre as acusações”, observou.