O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou as novas demarcações de Terras Indígenas (TI) promovidas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A fala ocorreu durante discursos para apoiadores do agronegócio durante a Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), a maior feira do setor na América Latina, nesta segunda-feira (1º/5).
Leia Mais
Lula sobre o 8 de janeiro: 'Todos os golpistas serão presos'Lula sobre fake news: 'Foi a verdade que derrotou o ex-presidente'Ao lado de Tarcísio, Bolsonaro é recebido por multidão na AgrishowJanones quer fazer Bolsonaro se arrepender de ter 'roubado o trabalhador'Ex-ministro de Bolsonaro terá que indenizar Felipe Neto em R$ 50 milLula reafirma compromisso de isenção no Imposto de Renda até R$ 5 milLula: 'Até os mais ricos ganham com o aumento do salário mínimo'Lula celebra PL da igualdade salarial entre homens e mulheresBolsonaro também criticou essas homologações citando uma reserva indígena de 31 mil hectares. “Eu estava vendo agora as meias dúzias de homologações de terras indígenas pelo brasil, assinado pelo cidadão que está lá no Palácio da Presidência. Por exemplo, uma das reservas indígenas de 31 mil hectares, apenas existem lá nove indígenas; algo não está certo. Não é possível 31 mil hectares com nove pessoas", disparou.
Durante seu mandato, o ex-presidente não assinou a demarcação de nenhuma terra indígena, conforme prometeu em campanha eleitoral de 2018. Para ele, os povos originários já teriam territórios demais, o que atrapalharia a exploração agrária e mineral com fins econômicos.
Indígenas são assassinados em Roraima
No sábado (29/4), um ianomâmi morreu após ser atingido com um tiro na cabeça. Segundo Júnior Hekurari Yanomami, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuana, os tiros foram disparados por garimpeiros ilegais que invadiram a terra indígena, em Roraima.
O homem assassinado era agente de saúde da comunidade Uxiú. Outros dois ianomâmis foram levados ao Hospital Geral de Boa Vista, em estado grave.
Neste domingo (30/4), Lula convocou uma reunião de emergência com ministros para tratar sobre o assunto. Entre os presentes estavam a ministra dos Povos Originários, Sônia Guajajara, e do Meio Ambiente, Marina Silva, que disseram que a orientação é intensificar as ações de combate ao garimpo ilegal.