O grupo Prerrogativas, composto por advogados, juristas e defensores públicos, já se disponibilizou para fazer uma espécie de mutirão e prestar assessoria jurídica a lideranças do movimento, que eventualmente poderão ser convocadas a depor na Câmara dos Deputados. O apoio já foi oferecido, e caberá ao MST decidir se irá aceitá-lo ou se optará por seguir apenas com seus advogados.
"Não tenho dúvidas de que essa CPI será um tiro no pé da oposição. O MST mostrará ao país a importância da reforma agrária e da função social da propriedade. O MST tem a nossa solidariedade, a nossa admiração, o nosso respeito e o nosso irrestrito apoio", afirma o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), leu requerimento que cria a CPI do MST na semana passada. A iniciativa ocorre em meio a invasões promovidas pelo movimento em abril e à crescente pressão da bancada ruralista, que é composta por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No sábado (29), lideranças do MST e integrantes do grupo Prerrogativas se reuniram em São Paulo para inaugurar a Cozinha Escola para Brilhar Dona Ilda. O evento, que contou com a presença de ministros de Lula (PT), marcou uma trégua entre o movimento e o governo após as invasões a fazendas e a sedes do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) no mês passado.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, compareceram à inauguração da Cozinha Escola para Brilhar Dona Ilda, realizada em São Paulo, no sábado (29). O projeto é capitaneado pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e pelo Prerrogativas. O advogado e coordenador do grupo, Marco Aurélio de Carvalho, e o dirigente do movimento social João Paulo Rodrigues estiveram lá.