O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) criticou a decisão do governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de incluir o MST no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, popularmente chamado de Conselhão. A iniciativa foi anunciada pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, na noite de sábado (29/4).
Para o ex-vice-presidente de Jair Bolsonaro (PL), a escolha do governo chancela sua ligação com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. “Um movimento que adota práticas criminosas ao invadir e destruir propriedades privadas. É o governo da destruição”, exclamou Mourão.
Ao colocar o MST no "conselhão", o governo chancela sua ligação com um movimento que adota práticas criminosas ao invadir e destruir propriedades privadas. É o governo da destruição!
%u2014 General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) May 2, 2023
movimento enfrenta forte pressão com a iminente instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que irá investigar as recentes invasões de terra do chamado “Abril vermelho”.
A declaração do senador ocorre em um momento em que o Padilha chegou a defender o MST contra o colegiado. "Aproveito para ressaltar que não existe nenhum fato determinado, como exige a Constituição, para a criação de eventual CPI sobre o MST", disse o ministro.
Os blocos partidários ainda precisam indicar os membros que irão compor a comissão. O favorito para assumir a relatoria é o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP), enquanto a presidência deve ficar com o deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS).
O núcleo Bolsonarista na Câmara dos Deputados vê uma oportunidade de desgastar o governo Lula com a CPI do MST, já que o movimento é um aliado histórico e importante do petista. Ao mesmo tempo, setores do agronegócio condenam os militantes e recebem apoio de governadores, que criticam abertamente as invasões de terra.