O tenente-coronel Mauro Cid Barbosa foi preso nesta manhã de quarta-feira (3/5) pela Polícia Federal (PF), na Operação Venire. O militar é investigado por inserir dados falsos de vacinação contra a COVID-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.
Mauro Cid foi o braço direito do ex-presidente durante o governo passado, aparecendo ativamente em público ao lado de Bolsonaro. Ele era um homem de confiança de Jair, sendo um dos mais influentes assessores durante os quatros anos do Governo.
A função do tenente-coronel era como a de um secretário particular do ex-presidente. Ele ficava encarregado de levar o celular, receber visitas, ver e ouvir tudo relacionado a Bolsonaro.
- Ricardo Kertzman: Bolsonaro é alvo da PF: estranho seria se isso jamais ocorresse
A confiança do ex-presidente era tanta em Mauro Cid que ele foi o primeiro a ser escalado para resgatar as joias e relógio de diamantes destinados a Bolsonaro que chegaram ao país de forma ilegal.
Filho de General
A relação de lealdade entre os dois é explicada pelo histórico familiar de Cid. Ele é filho do general Mauro Cesar Lourena Cid, que foi colega de Bolsonaro na época em que o ex-presidente participou da formação de oficiais do Exército Brasileiro. Desde esse tempo, os dois mantêm amizade.
Em 2000, o ex-ajudante se formou na Academia Militar das Agulhas Negras (Amam).
Mauro Cid sempre dizia que tinha a intenção de seguir os passos do pai no posto de general, ao ponto, que antes de Bolsonaro se eleger e convidar o militar para o Governo, Cid se preparava para assumir um posto nos Estados Unidos. Entretanto, ele aceitou o convite do presidente para integrar o Governo, em 2018.
Com a perda de Bolsonaro, nas eleições de 2022, a previsão para o tenente-coronel era de comandar o Batalhão de Ações e Comandos de Goiânia, mas a nomeação foi suspensa.