Jornal Estado de Minas

OPERAÇÃO DA PF

Bolsonaro, 'surpreso', nega adulteração do cartão de vacinação

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou que tenha adulterado o cartão de vacinação e disse que ficou surpreso com o mandado de busca e apreensão na casa dele.



Na manhã desta quarta-feira (4/5), ele foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a COVID-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

"Cartão de vacina: eu não tomei a vacina. Uma questão pessoal minha.", afirmou o ex-presidente Jair Bolsonaro. Bolsonaro ressaltou que Laura Bolsonaro, sua filha de 12 anos, não foi vacinada contra a COVID-19. De acordo com ele, apenas a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), tomou a vacina, nos Estados Unidos.

Cartões de vacina adulterados

A Polícia Federal (PF) apura se os dados de cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de sua filha, Laura Bolsonaro, de 12 anos, foram alterados.





Investigações da corporação indicam que os dados falsos foram incluídos nos sistemas do Ministério da Saúde, com o auxílio de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, conforme informado pela PF à GloboNews
Cid - que foi preso pela PF - também é suspeito de ter alterado os dados do seu próprio cartão, o de sua esposa e sua filha. 


A suspeita é que ele tenha falsificado com o objetivo de garantir sua entrada nos Estados Unidos, além de familiares e assessores.  
 
Em dezembro de 2021, Bolsonaro disse que a filha Laura não seria vacinada contra COVID-19.





Na manhã desta quarta-feira (4/5), a PF apreendeu o celular do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele é alvo de um mandado de busca de apreensão. 

A Operação Venire investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a COVID-19 no sistema do Ministério da Saúde. A mesma operação também prendeu os seguranças e assessores especiais, Max Guilherme e Sergio Cordeiro.