Lula já havia indicado a ministros, na semana passada, que assim faria. A oficialização do convite ocorreu durante reunião na manhã desta quarta-feira (3/5), no Palácio do Planalto, com a presença do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.
Amaro tem relação próxima com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Os laços com a ex-presidente foram criados quando o general assumiu a Secretaria de Segurança Presidencial em 2010 — função que ocupou por cinco anos.
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O general ainda participou do processo de criação da Casa Militar, em 2015, sendo nomeado chefe do órgão por Dilma. Deixou o cargo após o processo de impeachment contra a presidente.
A decisão de Lula é uma vitória de uma ala do seu governo, liderada por Múcio, que defendia que a pasta continuasse sobre o comando de militares.
O militar assumirá o cargo deixado pelo general Gonçalves Dias, que pediu demissão da pasta após a divulgação de imagens do circuito de segurança do Palácio do Planalto registradas durante os ataques golpistas de 8 de janeiro.
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Mais conhecido como GDias, ele foi a primeira baixa do governo Lula. Ele foi indicação pessoal do presidente, com quem teve amizade por mais de duas décadas. Amaro, por sua vez, é indicação do comandante do Exército, general Tomás Paiva.
O aceite do convite ocorre no mesmo dia em que Lula será recebido com cerimônias para um almoço no quartel-general do Exército com o Alto Comando.