O ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros, um dos presos pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (3/5) na Operação Venire, afirmou em mensagens às quais a corporação teve acesso que sabe quem foi o mandante do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco. O ex-militar concorreu a deputado estadual pelo PL do Rio de Janeiro nas últimas eleições e se apresentava como “01 do Bolsonaro” durante a campanha.
A informação foi publicada pelo Portal G1, que ainda aponta que a PF revelou mensagens trocadas entre envolvidos no caso de falsificação de dados de vacinação. Nas conversas, Ailton Barros diz saber quem mandou matar Marielle, assassinada a tiros em uma emboscada no Rio de Janeiro em março de 2018.
Ailton é um dos seis presos pela Operação Venire, que investiga possíveis adulterações no registro de vacinas, incluindo os cartões do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de sua filha Laura, de 12 anos. Entre os mandados de prisão cumpridos nesta quarta também está o coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Além de Ailton, o ex-vereador carioca Marcello Moraes Siciliano é outro nome envolvido na operação que foi citado nas investigações da morte de Marielle. O ex-parlamentar é alvo de mandado de busca e apreensão e já chegou a ser apontado como um dos possíveis mandantes da morte da ex-vereadora.
O caso da morte de Marielle Franco segue em aberto, sem uma definição sobre o mandante do crime que também vitimou o motorista Anderson Gomes. Até o momento, estão presos pelo crime o policial militar reforma Ronnie Lessa e o também ex-PM Élcio de Queiroz, ambos pela execução do crime.