O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está sendo investigado por falsificar seu cartão de vacinação, que teria sido usado para entrar nos Estados Unidos no final de dezembro de 2022, quando ele viajou para não entregar a faixa presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo a embaixada norte-americana, apresentar dados falsos para dar entrada no país é considerado crime de fraude e pode resultar em até 10 anos de prisão.
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'Grande dia': termo fica nos assuntos mais comentados na internetPF apreende US$ 35 mil em espécie na casa de Mauro CidBolsonaro chora ao falar sobre cartão de vacinação de MichelleInternet comemora apreensão do passaporte de BolsonaroFlávio Bolsonaro chama operação da PF contra o pai de "pescaria"As suspeitas e os investigados na operação da PF sobre fraude de vacinasMauro Cid fica em silêncio durante depoimento à PFMoraes cita possível 'organização criminosa' em operação que mira BolsonaroAcontece que a fraude teria ocorrido em 2021, antes de Bolsonaro fazer três viagens até os EUA. Como ele ainda era presidente, segundo o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças), o comprovante de vacinação contra COVID-19 era dispensável, por ser uma pessoa em missão diplomática por um governo estrangeiro.
- Cartão de Bolsonaro pode ter sido alterado às vésperas de viagem aos EUA
No entanto, a última viagem de Bolsonaro até a Flórida ocorreu em 30 de dezembro, dois dias antes dele perder o cargo de presidente. Como ele desembarcou em um avião da Força Aérea Brasileira, o cartão de vacina não foi exigido pelas autoridades. Nos Estados Unidos, Bolsonaro ficou por três meses, sendo dois sem o visto diplomático, vencido no final de janeiro.
A exigência do comprovante de vacinação nos Estados Unidos termina em 11 de maio, quando o país encerra o decreto de emergência sanitária por Covid-19.
Operação Venire
Na manhã desta quarta-feira (3/5) a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Venire que investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a COVID-19 no sistema do Ministério da Saúde. Ao todo, 16 mandados de busca e apreensão e seis prisões preventivas foram cumpridas, em Brasília e no Rio de Janeiro.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, os seguranças e assessores especiais, Max Guilherme e Sergio Cordeiro, foram presos durante as diligências. Bolsonaro deveria prestar depoimento à PF, mas se recusou por não ter tido acesso aos autos do processo. O ex-presidente, no entanto, já confessou que não se vacinou e que apenas Michelle Bolsonaro foi imunizada.